quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Federação Internacional: Juventude mundial é a chave para reduzir o impacto das catástrofes

De acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), as crianças e os jovens têm maior influência do que qualquer outro grupo demográfico na preparação das suas comunidades para as catástrofes e na redução dos seus impactos.

Esta declaração de Bekele Geleta, Secretário Geral da FICV, coincide com o Dia Internacional para a Redução do Risco de Catástrofes, que se reveste de particular significado neste ano de 2011 devido ao elevado número e intensidade das catástrofes ocorridas.

“Os jovens são dos mais afectados durante as catástrofes pois, frequentemente, têm dificuldade em superar dolorosas e inesperadas interrupções nas suas vidas”, de acordo com Geleta. “Todavia, eles também são as mesmas pessoas que podem ensinar ao mundo como reduzir os riscos de catástrofes porque eles são inigualáveis por qualquer outro grupo demográfico e muitas organizações na sua capacidade de actuar como agentes de mudança comportamental."

Quase metade dos 13 milhões de voluntários da Cruz Vermelha/Crescente Vermelho espalhados pelo mundo são jovens que desempenham um papel fundamental na preparação para catástrofes e na mitigação dos impactos, porque eles vivem e podem melhor influenciar as comunidades afectadas.

De acordo com Geleta, o Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho não presta apenas especial atenção às suas necessidades quando as catástrofes ocorrem, mas também envolve jovens com êxito na concepção e implementação de programas de redução do risco de catástrofes.

“Nós reconhecemos o seu papel único e o valor que podem fornecer como inovadores, embaixadores interculturais, mobilizadores da comunidade e advogados de pessoas vulneráveis".

O programa liderado pela Juventude da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho provou ser eficaz mesmo nos ambientes mais desafiadores, tais como as comunidades Kwale atingidas pela seca no Quênia, onde jovens voluntários trabalharam para elevar a consciência sobre as causas e efeitos das alterações climáticas e as formas em que eles poderiam adaptar-se. Como resultado, as comunidades melhoraram os seus sistemas de alerta precoce e preparação, actualizando o plano de resposta a catástrofes da comunidade e melhorando o abastecimento sustentável de alimentos através da promoção de métodos inovadores de cultura.

“Em muitas comunidades espalhadas pelo mundo, os jovens estão a encabeçar o movimento de preparação para o crescente número de catástrofes e emergências de prazo mais longo como as secas”, disse Geleta.

“A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho está a apelar aos governos e a todos os decisores para envolver os jovens na sua abordagem de preparação para catástrofes e redução dos respectivos impactos nas comunidades. Especificamente, solicitamos aqueles que influenciam o financiamento, programam o desenvolvimento e a implementação de actividades de redução do risco de catástrofes para reconhecer os jovens como poderosos agentes de mudança; incentivar as suas habilidades e capacidades únicas como a comunicação intercultural e a inovação em tecnologia e mentalidade; envolvê-los na sensibilização pública e na educação; envolvê-los na decisão e planeamento a todos os níveis; dar o máximo para os jovens terem um papel mais importante no programa de desenvolvimento e implementação nas suas próprias comunidades, e educar, elevar e capacitar os jovens através da partilha de responsabilidade e tomada de decisão numa verdadeira parceria.”


Fonte: cruzvermelha.pt

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