quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Reportagem e entrevista CVP Braga

O voluntariado constitui um dos sete princípios fundamentais do Movimento Internacional da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) que foram adoptados na XX Conferência Internacional de 1965 com o propósito de ajudar os mais vulneráveis da sociedade. Em Braga, o trabalho desenvolvido conta com mais de 300 voluntários distribuídos pelas suas três grandes áreas de intervenção, que são o voluntariado de emergência, de apoio às diferentes respostas da área da Saúde e da Acção Social e a Juventude da Cruz Vermelha. Quanto à ajuda, só no distrito esta chega a milhares de pessoas carenciadas, um número que não pára de aumentar. Quem dedica parte do seu tempo a ajudar aqueles que mais necessitam garante que vale a pena, sendo mais o que se recebe do que o que se dá. Por isso, numa altura em que assinala o Ano Europeu do Voluntariado, a CVP convida todas as pessoas a fazerem a diferença e a contribuírem para um mundo melhor.


São diversas as áreas em que o voluntariado se manifesta nesta instituição. Uma das principais é realizada pela Juventude da Cruz Vermelha (JCV), onde é desenvolvido o voluntariado jovem. Tal como explicou David Rodrigues, coordenador da Juventude da Cruz Vermelha de Braga, esta área constitui uma aposta da Federação Internacional da CV, sendo que, desde 1991, se tem vindo a afirmar como uma necessidade da instituição. «Esta organização tem no seu quadro pessoas já com uma certa idade, com experiência, e a Federação sentiu a necessidade de criar orientações estratégicas, uma política que implicasse construir um sector juvenil», referiu. Em Portugal, esta secção foi criada em 2004 e Braga seguiu-lhes os passos desde então. A Educação e Promoção para a Saúde é uma das áreas abrangidas pela Juventude da Cruz Vermelha, cujo propósito passa por ajudar os jovens no que se refere a questões de saúde. Neste caso, a intervenção incide sobre a prevenção do consumo de substâncias psicoactivas e álcool que, associado à sinistralidade rodoviária, é a principal causa de morte dos jovens portugueses. Por isso, em 2005, a JCV desafiou o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) a elaborar um projecto de âmbito nacional tendo em vista este objectivo. Um dos programas daí resultante é o “Copos...Quem decide és tu”, que já interveio junto de mais de 1500 jovens. Esta acção, desenvolvida por seis jovens voluntários de todas as idades e diversas classes sociais, visa dar formação sobre o consumo de álcool e drogas em escolas do Ensino Secundário que a requisitem. «É uma acção de prevenção mas, ao mesmo tempo, de redução de danos porque o consumo do álcool começa cada vez mais precocemente, havendo casos já no 3.º Ciclo ou até antes», referiu David Rodrigues.


Reconhecendo que há um longo trabalho que ainda tem de ser feito nesta área, os responsáveis pelo “Copos...Quem decide és tu” opta rampor não ter uma visão moralista em relação ao álcool, deixando a decisão nas mãos dos jovens. «A única coisa que referimos é que se não limitarmos o álcool, ele limita-nos a nós e fazemos a distinção entre o uso e o abuso de uma substância porque não é problemático usar álcool, mas sim o seu abuso», esclareceu o responsável.

“+ Atitude” decorre em quatro escolas”

Um outro projecto é o “+ Atitude”, incidindo este sobre o consumo de substâncias psicoactivas, como cannabis ou MDMA (ecstasy), e também álcool. Esta acção desenvolve-se nas EB 2,3 de Real, André Soares, Frei Caetano Brandão e Francisco Sanches, escolas seleccionadas através de um diagnóstico feito pelo IDT. As grandes intervenções deste projecto, com 15 voluntários, são o “Espaço Dúvidas”, que proporciona um acompanhamento individual e confidencial aos jovens e professores; “Ocupação de Tempos Livres”, composto por vários ateliês; “Apoio Escolar”, que, tal como o nome indica, pressupõe um acompanhamento Personalizado dos jovens nos seus estudos; e “Jogo Eu e os Outros”, uma metodologia fornecida pelo IDT com o propósito de abordar os problemas específicos da adolescência.


Por outro lado, em “A brincar e a jogar descobre como te alimentar”, que se realiza em escolas primárias, são promovidos hábitos de alimentação saudáveis. Só nos últimos dois anos, os voluntários desta acção intervieram junto de mais de dois mil alunos. Nesta actividade, que envolve 14 voluntários, as crianças são convidadas a participar num jogo com diversificados desafios, desde perguntas a exercícios de mímica. «Enquanto que brincam, estão a responder a perguntas sobre a alimentação», explicou David Rodrigues. A JCV já desafiou a Administração Regional de Saúde do Norte a integrar esta actividade como uma boa prática. Segundo o coordenador, o desafio foi bem encarado, apesar de ainda não estar operacionalizado. Durante a época do Verão, a JCV desenvolve também um projecto de prevenção do cancro da pele. Esta acção decorre nas piscinas municipais e nas praias fluviais. Através da realização de jogos, os voluntários passam informações diversas acerca dos perigos do abuso do sol e como se devem proteger.

Acções para estrangeiros

Mas as actividades da Juventude da Cruz Vermelha não se destinam apenas a crianças ou jovens portugueses. Através do projecto “MEET”, a Cruz Vermelha pretende ajudar os estudantes estrangeiros a integrarem-se no país, aprendendo as suas tradições e criando amizades. Para o efeito, realizam-se vários convívios, em especial em alturas comemorativas, como é o caso do magusto ou do Carnaval e passeios. Esta acção tem a particularidade de permitir a angariação de fundos para a realização de outras. «Salvo raras excepções, os jovens estrangeiros que vêm para cá estudar não têm problemas financeiros, por isso as nossas actividades têm uma taxa de inscrição, sendo esse dinheiro canalizado para as restantes iniciativas», explicou o coordenador. O “MEET” conta com a colaboração de sete voluntários. De destacar também o Voluntariado de Emergência, tanto social como hospitalar, composto por 59 voluntários no activo e 39 a frequentar a 12.ª Escola. Contudo, caso houvesse uma situação de emergência em Braga, David Rodrigues acredita que a cidade poderia contar com 200 voluntários, já que no dia-a-dia nem todos participam regularmente. O responsável frisou ainda que esta área do voluntariado requer uma formação ainda mais técnica do que as anteriormente referidas, motivo pelo qual nem todos podem embarcar neste projecto. «Quando acontece alguma coisa, mesmo a nível internacional, no dia seguinte temos uma chuva de chamadas de pessoas a disponibilizarem-se para serem voluntários, mas o voluntariado carece de formação específica que não é passível de ser dada em poucos dias», referiu. A par de todas estas acções, a Cruz Vermelha Portuguesa de Braga dispõe ainda de uma Academia Sénior, Creche, Grupo de Comunicação e Imagem e de uma equipa de rua, com oito elementos, que presta apoio a sem-abrigo da cidade, dando-lhes comida ou roupa para se aquecerem.

“Muitas não vão além do 4.º ano de escolaridade”
Projecto Geração Tecla promove a inclusão social de crianças ciganas

Um dos grandes projectos da Juventude da Cruz Vermelha é o “Geração Tecla”, que teve início precisamente há um ano com o objectivo de trabalhar de uma forma mais efectiva a inclusão social de crianças e jovens vulneráveis, residentes no Bairro Social de Santa Tecla, a esmagadora maioria de etnia cigana. Esta iniciativa veio dar continuidade ao projecto “Colorir o Sábado”, que decorre desde 2007. Neste ateliê, jovens voluntários dedicavam parte dos seus sábados a trabalhar regras da sociedade maioritária que muitas das vezes não estão presentes na primeira socialização das crianças do bairro. Contudo, referiu David Rodrigues, em finais de 2009 surgiu a oportunidade de apresentar uma candidatura a um projecto com a duração de três anos do Programa Escolhas, cujo propósito é também o da inclusão social. «Com a experiência que tínhamos do “Colorir o Sábado”, apresentamos uma candidatura e foi aprovado o “Geração Tecla”», explicou. Este projecto, que intervém junto de 15 crianças, é composto por um total de 29 acções, sendo uma das quais o “Colorir o Sábado”, que se manteve. Todas as acções desenvolvidas visam a inclusão das crianças do Bairro de Santa Tecla, cujos valores são muito próprios e distintos dos encontrados na restante sociedade. «Elas crescem num meio diferente e depois, quando chegam à escola, que é um factor de socialização definido pela sociedade maioritária, têm um conjunto de regras distintas daquela à qual pertencem», disse, frisando que, desde o seu início, o projecto pretendeu criar «um local de cruzamento de culturas». Em traços gerais, a “Geração Tecla” pretende a inclusão social e escolar destas crianças, tendo em conta que naquele bairro não existe uma com o 9.º ano de escolaridade, o que deveria ser o normal, de acordo com as normas da sociedade maioritária. Aqui, estão também implicadas questões de género, sendo natural que os rapazes vão um pouco mais longe do que as raparigas, que dificilmente vão além do 4.º ano, esclareceram. Há ainda casos de jovens ciganos que frequentam as turmas do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), compostas apenas por cidadãos de etnia cigana, o que, para David Rodrigues, «não é a mesma coisa». Por isso, explica, «temos a ambição de conseguir que os jovens do bairro sigam um percurso normal e sejam bilingues em termos culturais, isto é, que dominem a cultura de origem, que é a cigana, mas que ao mesmo tempo sejam também bons portugueses no sentido da sociedade maioritária e que dominem esta cultura, que é a da escola». O “Geração Tecla” é o projecto que mais voluntários envolvem, o que mostra a sua importância no seio da JCV. Nele estão envolvidos 80 elementos – nove dos quais no “Colorir Por isso, explica, «temos a ambição de conseguir que os jovens do bairro sigam um percurso normal e sejam bilingues em termos culturais, isto é, que dominem a cultura de origem, que é a cigana, masque ao mesmo tempo sejam também bons portugueses no sentido da sociedade maioritária e que dominem esta cultura, que é a da escola». O “Geração Tecla” é o projecto que mais voluntários envolve, o que mostra a sua importância no seio da JCV. Nele estão envolvidos 80 elementos – nove dos quais no “Colorir o Sábado” –, bem como dois técnicos a tempo inteiro e um em regime parcial. David Rodrigues não hesita em afirmar que o motor do sucesso deste projecto é os próprios voluntários que diariamente asseguram um conjunto de actividades em dez turmas nas quais estão inseridas crianças ciganas, concretamente no Centro Escolar de Vale de Lamaçães, na EB1 do Bairro Duarte Pacheco e na EB1 de Santa Tecla. Este trabalho abrange toda a turma onde estas crianças estão inseridas, já que a inclusão social deve ser trabalhada inclusivamente. «Não trabalhamos a inclusão social se trabalharmos só com eles [ciganos], por muito que em termos familiares isso seja preferido pela sua cultura», referiu o coordenador.
Sala de informática também dá apoio

Para além deste apoio nas escolas, existe ainda na sede da JCV, situada perto do bairro de Santa Tecla, uma sala de informática para aqueles jovens. A funcionar sobretudo em horário pós-laboral durante a semana e aos sábados, este centro de inclusão digital conta com a presença de uma técnica responsável e de voluntários que apoiam as crianças na utilização da “Escola Virtual” e em trabalhos escolares. «Sabemos que o Governo andou a distribuir o computador “Magalhães”, mas muitos foram vendidos pelos pais nas feiras e, neste caso, os computadores que aqui estão não saem daqui e são para que eles os usem. Estas crianças não podem ser penalizadas pelo facto de os pais não valorizarem a escola», considerou David Rodrigues, sublinhando a importância de se quebrar com a mentalidade de que a escola não tem qualquer valor. Ainda segundo o responsável, esta acção está sempre focalizada na inclusão escolar das crianças. «Queremos que a escola lhes corra bem porque se isso acontecer há um conjunto de outras coisas que também lhes vão correr bem na vida», disse. Outro dos objectivos do “Geração Tecla” é a dinamização comunitária, ou seja, a promoção da ocupação de tempos livres saudáveis. Para o efeito, foram criadas duas equipas de futebol e grupos de dança flamenca e de “hip-hop”. Para além disso, realizam-se actividades pontuais em alturas de férias, como um acampamento no Verão ou idas a espectáculos de teatro ou cinema. Isto porque, explicou, a ideia é que eles tenham uma cidadania activa.
Jovem quebra barreiras culturais e é exemplo de sucesso

Um exemplo do trabalho desenvolvido pela JCV é o caso de um jovem de etnia cigana que decidiu ser voluntário. «Ele quebrou barreiras em termos culturais e ainda hoje é muito questionado na sua comunidade, que não entende como alguém pode trabalhar sem receber dinheiro», explicou o coordenador. Prestes a seguir os exemplos deste jovem com 17 anos de idade estão outros dois, mais novos, que optaram por seguir o voluntariado. «Não é muito tendo em conta o número de pessoas que existem na comunidade, mas é uma vitória, já que não há nada que os obrigue a ser voluntários, bem pelo contrário», considerou o responsável. Um outro caso de sucesso verificou-se na festa de Natal que decorreu no passado mês de Dezembro no Centro Escolar de Vale de Lamaçães e que contou com a participação de mais de 80 crianças. «Conseguimos que alguns dos pais, que têm os filhos a frequentar aquela escola há alguns anos, entrassem pela primeira vez no estabelecimento escolar... Isto não é nada de objectivo, mas tem o seu simbolismo», disse. Um ano após o início desta projecto, David Rodrigues faz um balanço positivo. «Pode haver uma ou outra acção que não conseguimos desenvolver ou alguma actividade que ficou aquém das expectativas, mas depois temos estas boas novas das acções que fazemos», disse. A comprovar este sucesso, refira-se o aumento significativo no que se refere ao número de actividades realizadas em relação àquilo que estava inicialmente previsto. «Prevíamos na candidatura chegar a 38 destinatários – que são o nosso público-alvo directo – e chegámos a 82; e no que diz respeito ao público-alvo indirecto, previmos chegar a 230 no primeiro ano e alcançámos 380», exemplificou. Contudo, existem ainda sérios problemas de abandono escolar. «O projecto em si eles não abandonam porque isto é a parte boa da comunidade e eles aderem de forma espontânea, mas muitas das vezes para promover a participação deles na escola temos de os convencer por aí, ou seja, só vão às actividades aqueles que vão às aulas», explicou. De acordo com David Rodrigues, pode por vezes acontecer o inverso, isto é, o caso de um aluno que raramente vai à escola mas ao qual é dada a oportunidade de ir ao teatro sob a promessa de que mudará de atitude.

Defendeu Francisco Alvim, director e voluntário da CVP de Braga «Ajudar o semelhante é o melhor antídoto contra depressões»

Presidente da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa há 23 anos e voluntário há muitos mais, Francisco Alvim defende que o exercício do voluntariado é «o melhor antídoto contra depressões», pelo que todos os capazes deveriam dedicar parte do seu tempo a esta causa. «Como voluntário, sinto uma enorme alegria, havendo a vantagem de sentir uma tranquilidade interior e que fiz algo de bom pelos outros. Sinto que sou útil à sociedade e que deixo algum rasto», referiu em entrevista ao Diário do Minho, frisando que a fé sem obras é morta e que aquilo que se recebe é «muito».Defensor das parcerias, Francisco Alvim revelou ainda tristeza por sentir que a maior parte das pessoas tem interesses próprios que sobrepõem aos de toda uma comunidade «Se estivermos todos interessados numa maior justiça social, temos de dar as mãos e não cada um puxar para o seu lado. Se interiorizarmos aquilo que podemos dar ao país e não o contrário e formos mais voluntários no sentido de tornar o mundo melhor, Portugal terá mais facilidade em sair de uma situação complicada», sustentou Contudo, «só podemos gostar dos outros se antes gostarmos de nós próprios».


O presidente considerou ainda ser muito importante que os mais velhos dêem o exemplo no que se refere ao voluntariado, o que, de certa forma, tem acontecido. Por isso, convida os aposentados com capacidades e que não têm como gastar o seu tempo livre a tornarem-se voluntários numa instituição. «Tenho a certeza que se sentiriam mais felizes. Eu, pessoalmente, sinto-me muito feliz », disse, acrescentando que o número de pessoas carenciadas tem vindo a aumentar no distrito, o que reforça ainda mais esta necessidade. O coordenador David Rodrigues frisou mesmo que a diferença entre se ser apenas profissional e voluntário é «enorme ». «Quando estamos na rua a dar uma sopa ou a trocar uma seringa quando podíamos estar em casa e dizemos que não recebemos nada em troca, os próprios sem-abrigo dão mais valor», disse. Ainda de acordo com o responsável, a experiência dos voluntários e as relações que estes têm são uma mais-valia para a Cruz Vermelha Portuguesa e «não é por acaso que esta é a maior rede de voluntários a nível mundial». «A CVP precisa de uma estrutura que tem de ser profissional que assegure a da organização. Agora, o nosso músculo, a nossa capacidade de intervenção e a nossa força para chegarmos às pessoas são os voluntários», sustentou. Recorde-se que o distrito de Braga é o que tem maior implantação da Cruz Vermelha Portuguesa, com 17 Unidades de Socorro equipadas com 70 ambulâncias. O Francisco Alvim cabe o mérito de ter introduzido a área social na instituição, a 8 de Maio de 1988.

Delegação de Braga recebe, em média, cinco inscrições por dia«Ser voluntário implica deveres e obrigações»

Ser voluntário implica ter de obedecer a uma série de obrigações e, em contrapartida, usufruir de direitos. No fundo, estabelece-se uma relação entre o voluntário e a actividade que este desenvolve, o que acaba por implicar, entre outros pontos, a prestação de serviços de forma não remunerada e desinteressada, a melhoria da vida do próximo e a assunção dos princípios fundamentais da CVP. No que se refere aos direitos dos voluntários, estes são o de ser informado sobre os Princípios Fundamentais da Cruz Vermelha, bem como acerca das quatro Convenções de Genebra e os seus protocolos adicionais, o de conhecer os objectivos, a estrutura e o funcionamento da instituição e receber informação acerca dos objectivos. Por outro lado, este deve receber formação inicial e contínua, ser reconhecido pelo trabalho que desenvolve com acreditação e certificação e integrar uma apólice de seguros de acidentes pessoais. Em contraposição, o voluntário tem de agir de acordo com os Princípios Fundamentais do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e promover a sua difusão e com todos os estatutos e regulamentos da instituição, bem como desempenhar as funções sem qualquer tipo de discriminação, empenhar-se em oferecer o melhor serviço possível e promover um bom trabalho em equipa. De acordo com o perfil traçado pela CVP, o voluntário deve ser participativo, comprometer-se os mais frágeis, possuir uma formação específica e sentir-se motivado para a actividade que desenvolve, estar disponível para as tarefas às quais se propõe e ser polivalente e cooperativo, sobretudo para trabalhar em equipa. Os interessados em contribuir para esta causa comum podem inscrever-se em qualquer uma das delegações da CVP. Posteriormente, são chamados para uma entrevista na qual os responsáveis tentam perceber quais os motivos que levam a pessoa a optar pelo voluntariado, despistando-se situações em que, por exemplo, este seja visto como uma forma de emprego. «O voluntário não trabalha a tempo inteiro, 30 horas por semana, não é isso que se pretende, por isso temos de diferenciar o que é uma motivação genuína em relação ao voluntariado e aquilo que é a procura de um currículo ou de emprego ou até mesmo casos de perturbação mental», explicou, a propósito, David Rodrigues, sublinhando que se assim não for, a pessoa não aguenta mais do que alguns dias de actividade, perdendo o seu tempo. Neste momento, a delegação de Braga da CVP recebe, em média, cinco inscrições por dia, um número que David Rodrigues considera ser «muito bom» e «acima da média». Porém, nem todas as inscrições seguem até ao final. «Se tivermos dez candidatos, à entrevista vão oito e desses, apenas cinco têm perfil e se integram nas nossas possibilidades e desses cinco apenas ficam efectivamente dois, que passados alguns meses passam a ser apenas um. Este é o ciclo normal da gestão de voluntários», explicou.com todos e sobretudo com os mais frágeis, possuir uma formação específica e sentir-se motivado para a actividade que desenvolve, estar disponível para as tarefas às quais se propõe e ser polivalente e cooperativo, sobretudo para trabalhar em equipa. Os interessados em contribuir para esta causa comum podem inscrever-se em qualquer uma das delegações da CVP. Posteriormente, são chamados para uma entrevista na qual os responsáveis tentam perceber quais os motivos que levam a pessoa a optar pelo voluntariado, despistando-se situações em que, por exemplo, este seja visto como uma forma de emprego. «O voluntário não trabalha a tempo inteiro, 30 horas por semana, não é isso que se pretende, por isso temos de diferenciar o que é uma motivação genuína em relação ao voluntariado e aquilo que é a procura de um currículo ou de emprego ou até mesmo casos de perturbação mental», explicou, a propósito, David Rodrigues, sublinhando que se assim não for, a pessoa não aguenta mais do que alguns dias de actividade, perdendo o seu tempo. Neste momento, a delegação de Braga da CVP recebe, em média, cinco inscrições por dia, um número que David Rodrigues considera ser «muito bom» e «acima da média». Porém, nem todas as inscrições seguem até ao final. «Se tivermos dez candidatos, à entrevista vão oito e desses, apenas cinco têm perfil e se integram nas nossas possibilidades e desses cinco apenas ficam efectivamente dois, que passados alguns meses passam a ser apenas um. Este é o ciclo normal da gestão de voluntários», explicou.

Loja social recolhe artigos para pessoas carenciadas

A vertente social da Cruz Vermelha Portuguesa de Braga espelha-se ainda na renovada loja social “Ponto Vermelho”, localizada em Santa Tecla, mesmo ao lado da sede da JCV, que funciona como ponto de recolha de artigos que possam ser dados a famílias carenciadas. Peças de roupa, calçado, acessórios, pequenos móveis ou artigos para bebés são alguns dos artigos que podem ser encontrados neste espaço. Tendo em conta que são mais os produtos recebidos do que os distribuídos, o excedente é colocado à venda a um preço simbólico, que reverte a favor da instituição. «Qualquer pessoa pode ir à loja comprar o que quiser», frisou David Rodrigues.

Fonte:Diario do Minho

Nota: A administração informa que todo o conteudo da mensagem é de uma reportagem feita pelo jornal Correio do Minho a Delegação da CVP Braga, e a administração tem quase a certeza que o nome do coordedenador da Delegação é Manuel Rodrigues e não David Rodrigues como diz na entrevista mas não foi mudado porque não temos a total certeza e não queremos mudar uma entrevista sem ter total certeza
Obrigado  pela vossa atenção

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